terça-feira, 26 de julho de 2011

Caso Nina - Doença do disco intervertebral

  A cadela Nina (daschund, 7 anos) apresentou um quadro de paralisia aguda dos membros pélvicos (posteriores). O laudo da radiografia da coluna foi: diminuição de espaço entre vértebras torácicas e lombares (T10-T11 e L1-L2). De acordo com o histórico clínico e pelo exame complementar, o diagnóstico sugestivo foi de doença do disco intervertebral (hérnia de disco). Foi instituído um tratamento medicamentoso e indicada a realização de fisioterapia. 

   No dia da avaliação, ela apresentava-se com paralisia dos membros posteriores (havia 6 dias), reflexos espinhais nos quatro membros presentes e dificuldade para urinar e defecar. Também apresentava déficit de propriocepção nos membros posteriores, atrofia da musculatura (pelo desuso) e cifose (arqueamento) da coluna.
   
   As modalidades inicialmente utilizadas foram: laserterapia e TENS (analgesia) na coluna toráco-lombar, FES na musculatura dos membros posteriores (diminuir a atrofia e aumentar o tônus), alongamento e mobilização das articulações dos membros posteriores, estímulos neurosensoriais e proprioceptivos (ex: escovação). 

   Depois comecei a fazer tração e alongamento da coluna e exercícios de sustentação com auxílio de uma bola. Quando ela começou a dar os primeiros passos, acrescentei exercícios para melhorar o equilíbrio, a coordenação e propriocepção (ex: prancha, bola, caminhada na grama e com obstáculos). 

    O tratamento de reabilitação durou 3 meses e a Nina recebeu alta após 30 sessões de fisioterapia. 
    
    Esse é o vídeo do caso dela: 

sábado, 26 de março de 2011

Caso Fiona (doença do disco intervertebral)


   O caso da paciente Fiona ( cocker spaniel, 6 anos) foi um grande desafio para mim. Seu diagnóstico (através de radiografia da coluna) foi de calcificação de disco entre vértebras torácicas (T12- T13). Essa calcificação é um indício de uma degeneração no disco ou de uma hérnia que comprime a medula espinhal.

   No dia da avaliação, ela apresentava paralisia dos membros posteriores, reflexos presentes e déficit de propriocepção (quando o animal não "percebe" que a pata está na posição errada ou virada para baixo).

   Iniciei o tratamento fisioterápico com aplicação de laser terapêutico, crioterapia (gelo) e TENS  na coluna para analgesia. Depois incluí outras modalidades: FES para fortalecimento da musculatura dos membros posteriores (que atrofia pelo desuso prolongado), estímulos neuro-sensoriais (como escovação), alongamentos e mobilização das articulações, tração da coluna e caminhada com ajuda de uma faixa. À medida que ela progredia, fui acrescentando exercícios na bola,  prancha proprioceptiva e natação.

   Fiona voltou a andar (sem equilíbrio e coordenação) após 4 meses. Continuou melhorando e recebeu  alta da fisioterapia depois de 6 meses de tratamento. Foi uma enorme satisfação vê-la andando novamente.

   Esse é o link para ver o vídeo do caso dela:
   http://www.youtube.com/watch?v=7e0zlaZ7Ofk



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Caso Fofinha - extrusão (hérnia) de disco intervertebral

  A Fofinha foi encaminhada para o tratamento fisioterapêutico com diagnóstico (após radiografia simples e mielografia) de calcificação de disco intervertebral ( T2-T3; T10-T11; L2-L3; L6-L7) e extrusão de disco em T10-T11.  

 No dia da consulta ela apresentava paresia ("fraqueza") e déficit de propriocepção nos membros posteriores  e cifose (arqueamento da coluna).

   As modalidades terapêuticas utilizadas nesse caso foram: crioterapia (bolsa gelada) na coluna, aplicação de laser terapêutico, eletroterapia (TENS) na coluna para promover analgesia e relaxamento muscular, alongamento dos membros posteriores e estímulos neurológicos proprioceptivos. Depois de algumas sessões, incluí a tração (alongamento) da coluna,  exercícios na bola e na prancha proprioceptiva. Além disso, a proprietária realizou passeios na areia com a cadela.

   A fisioterapia, associada ao tratamento clínico com medicamentos, teve um ótimo resultado. Fofinha evoluiu muito bem e recebeu alta após 20 sessões. 

  Esse é o link para ver o vídeo do caso dela: http://www.youtube.com/watch?v=iKBhUYXfSEk

Laser terapêutico

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caso Mel - discopatia (hérnia de disco)

  A cadela Mel (shih tzu) foi minha paciente na Fisioterapia durante 8 meses. Ela teve doença do disco intervertebral toracolombar, ou seja hérnia de disco. 

  Inicialmente, ficou sem andar. Quando comecei o tratamento ela já havia voltado a andar, mas ainda apresentava  alguns déficits neurológicos nos membros posteriores: paraparesia ("fraqueza"), ausência de propriocepção, falta de equilíbrio e coordenação. 

  As modalidades terapêuticas utilizadas na reabilitação dela foram: laserterapia nos locais de lesão (T11-T12, L4-L5 e L5-L6), eletroterapia (TENS) na coluna para promover analgesia e relaxamento muscular, exercícios terapêuticos na bola suíça e com a prancha proprioceptiva, caminhada através de obstáculos e na areia, tração da coluna, alongamentos dos membros posteriores, mobilização das articulações e estímulos proprioceptivos (ex: escovação dos coxins plantares). 


  Seu tratamento começou com três sessões semanais. Com a melhora do quadro, passou a ser duas e depois apenas uma sessão por semana. Ela evoluiu bastante durante esses meses e no final já corria e pulava nos sofás e camas de sua casa. Mel e sua família mudaram-se para outra cidade (SP) e lá ela continuará a  fisioterapia.   


Esse é o link para ver o vídeo da Mel:
http://www.youtube.com/watch?v=4q3r11uR200


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Felinos na Fisioterapia

  Atualmente, o número de pacientes felinos que fazem fisioterapia está crescendo, apesar de ainda ser menor que os caninos.

  A maioria dos gatos encaminhados para a fisioterapia realizou alguma cirurgia ortopédica ou envolveu-se em acidentes domésticos, atropelamentos ou brigas com outros animais.

  Em geral, os gatos aceitam bem as modalidades terapêuticas empregadas e a recuperação deles costuma ser rápida.
         
                       TENS na paciente Mel (sub-luxação sacro-ilíaca)


Laserterapia no Valentim (Pós-operatório de amputação da cabeça do fêmur em consequência de uma luxação coxofemoral)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Caso do paciente Negão - Trauma agudo na medula espinhal

 O Negão é um Fila Brasileiro de 7 anos que caiu da varanda do 2º andar de sua casa. Foram feitas várias radiografias após sua queda, mas não foram observadas fraturas ou luxações em vértebras da coluna e em nenhum membro. Seu diagnóstico foi de lesão traumática aguda na medula espinhal.

  Ele começou o tratamento de reabilitação 3 semanas após o acidente, quando teve alta na clínica veterinária onde estava internado.

  No início, Negão apenas arrastava-se. Depois, começou a conseguir levantar as patas traseiras, mas ainda não tinha "firmeza" nas dianteiras e sua sensibilidade também estava diminuída.

  Suas sessões de fisioterapia consistem de aplicações de laser terapêutico na coluna, crioterapia na região cervical (área mais afetada na queda), alongamentos dos membros, mobilização das articulações e estímulos proprioceptivos (sensitivos) e caminhada na grama com auxílio de uma toalha debaixo do abdome. Atualmente, ele não precisa mais da ajuda da toalha para andar.

  Vejam a melhora dele acessando o vídeo no YouTube.
O link é esse: http://www.youtube.com/watch?v=mv36a2NLLFg


terça-feira, 1 de junho de 2010

Vídeo com os pacientes (modalidades terapêuticas)

Fiz um vídeo mostrando as modalidades fisioterápicas que utilizo no tratamento e na reabilitação dos meus pacientes.

O link para ver o vídeo no YouTube é:
http://www.youtube.com/watch?v=Cma_-2_B154&feature=player_embedded#!

Espero que gostem!

domingo, 2 de maio de 2010

Crioterapia

 É a utilização do frio com fins terapêuticos. Pode ser feita de várias maneiras: com "panquecas" de gelo (cubos de gelo dentro de um saco plástico), bolsas térmicas de gel, imersão de membros em água gelada, massagem com gelo, etc.

  O objetivo da crioterapia é induzir os tecidos a um estado de hipotermia, levando a uma diminuição do metabolismo. Com isso, há uma preservação das células que foram poupadas do trauma inicial.

   Os principais efeitos terapêuticos obtidos são:
  • analgesia
  • anestesia (diminuição da condução nervosa sensitiva) 
  • controle dos sinais inflamatórios (dor, edema, rubor, aumento de temperatura e redução da  função do local lesado)
  • redução do espasmo muscular 
Bolsa gelada na região cervical

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Exercícios terapêuticos (cinesioterapia)

  A cinesioterapia é a terapia através do movimento. Esses movimentos podem ser ativos (realizados pelo paciente), passivos (realizados pelo terapeuta), ativos assistidos (executados pelo paciente com a ajuda do terapeuta), ou podem ser feitos na forma de alongamentos.

   
  Alguns exemplos de exercícios terapêuticos são: exercícios com bola, "dança", carrinho de mão, caminhadas na areia e grama, caminhadas em aclives (subidas) e declives (descidas), exercícios na prancha proprioceptiva e de equilíbrio, sentar e levantar, passar por cones ou cavaletes, etc.

Exercício na bola


                                           Prancha proprioceptiva

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hidroterapia

 A hidroterapia pode ser feita na forma de natação ou em esteiras aquáticas. É considerada a modalidade fisioterápica mais completa e pode ser indicada em várias patologias de animais em reabilitação. 
 Os efeitos terapêuticos obtidos na hidroterapia (preferencialmente com água morna) são: 
  • alívio da dor
  • manutenção ou aumento da amplitude de movimento das articulações
  • aumento da flexibilidade
  • fortalecimento de músculos enfraquecidos e aumento na tolerância a exercícios
  • manutenção e melhora do equilíbrio, coordenação e postura 
 Além disso, há efeitos psicológicos positivos para o paciente. Com a realização de movimentos não possíveis no solo, o animal sente-se mais independente e confiante. 

 A hidroterapia é indicada em casos de patologias na coluna vertebral, artrose, displasia coxofemoral e de cotovelo, pós-operatório ortopédico e para condicionamento físico e aumentar a capacidade cardiorrespiratória do animal.